quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Chik Jeitoso e Marcelo Araújo são presos em operação do DIEP

do Paraná Portal
Policiais civis e militares do Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep) cumprem nesta terça-feira (20) dois mandados de prisão contra o ‘bruxo’ Chik Jeitoso e o advogado Marcelo Araújo, que já ocupou o cargo de secretário municipal de Trânsito de Curitiba na gestão de Luciano Ducci (PSB). Os dois foram candidatos a vereador na capital. Há, ainda, um de condução coercitiva – quando a pessoa é levada para prestar depoimento – e nove mandados de busca e apreensão. Segundo a polícia, a operação, batizada de Lomax, acontece em Curitiba e na região metropolitana. O foco da prisão dos dois homens é a suspeita de extorsão no valor de R$ 5 milhões. As vítimas seriam empresários, políticos e até artistas de televisão. A terceira pessoa, uma mulher, é suspeita de agir em conluio com a dupla. Chik Jeitoso e Marcelo Araújo estariam pedindo R$ 5 milhões para que as acusações feitas fossem retiradas das redes sociais. Cerca de 20 policiais do Diep participam da ação policial. Atuação política Conhecido por divulgar boatos e informações negativas contra políticos – em especial, nos últimos anos, contra o secretário de Estado Ratinho Junior (PSC) e o prefeito Gustavo Fruet (PDT) – o bruxo Chik Jeitoso faz previsões eleitorais e sobre outros temas. É figura frequente em programas locais de TV. Marcelo Araújo é advogado, especialista em trânsito, ex-presidente da Comissão de Direito de Trânsito da OAB, e também é constantemente consultado pela imprensa, sobre assuntos relacionados ao trânsito. Sua saída da Secretaria de Trânsito do governo Ducci em 2012 foi conturbada. Ele renunciou após uma denúncia de que acumulava infrações como motorista. Ele é colunista de um blog de política, praticamente dedicado à críticas ao atual prefeito de Curitiba.

Moro manda soltar executivos da Odebrecht; só Marcelo ficará preso

O juiz federal Sergio Moro mandou soltar, nesta segunda-feira (19), dois executivos ligados à Odebrecht que estavam presos desde março: Olívio Rodrigues Júnior e Luiz Eduardo da Rocha Soares.Com a decisão, apenas o herdeiro do grupo, Marcelo Odebrecht, continua detido. As informações são de Estelita Hass Crazzai na Folha de S. Paulo. A medida foi tomada no mesmo dia em que os depoimentos da delação da empreiteira foram entregues ao STF (Supremo Tribunal Federal) pela Procuradoria-Geral da República. A soltura dos executivos estava prevista no acordo. Olívio Rodrigues Júnior e Luiz Eduardo Soares integravam o “departamento de propinas” da Odebrecht, chamado de “setor de operações estruturadas”, criado para coordenar o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos e políticos. Eles foram presos na 26ª fase da Lava Jato, em março deste ano – investigação que mirou o setor de propinas e acabou deflagrando a decisão da Odebrecht de delatar. Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo, deve permanecer preso até o final de 2017.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Richa inaugura serviço aeromédico para atender a população do Norte e Noroeste

O governador Beto Richa inaugurou nesta quinta-feira (8), em Maringá, o serviço aeromédico para o Noroeste do Paraná. O serviço conta um helicóptero, baseado na cidade, usado para resgate de pessoas e transporte de pacientes em estado grave, garantindo rapidez no atendimento, o que salva vidas. O serviço começou a funcionar dia 28 de novembro. Em oito dias, já foram atendidas 13 pessoas. “A instalação dessa base garante mais um importante avanço para a cobertura com serviço aeromédico em todo o território paranaense, garantindo maior agilidade e qualidade no transporte de pessoas”, disse Richa. Logo depois de Maringá, o governador foi a Londrina para inaugurar o serviço aeromédico para a população do Norte do Estado. Além de Maringá e Londrina, já existem bases em Curitiba e Cascavel. O governador informou que está em estudo a implantação de uma quinta base na região Central ou nos Campos Gerais do Estado. Richa disse que os investimentos na expansão dos serviços aeromédicos só foram possíveis graças ao ajuste fiscal implantado pelo Estado. “Ao contrário da maioria dos estados brasileiros, o Paraná fez a lição de casa e tem hoje a melhor situação fiscal e financeira do País. Com isso, temos recursos para investir em obras e serviços, pagar progressões e antecipar o décimo terceiro aos servidores”, afirmou. TODA A FROTA - Curitiba, Cascavel, Londrina e Maringá operam com quatro helicópteros, que têm autonomia de voo de 250 quilômetros a partir da base. Também é disponibilizado um avião UTI, que atende a todo o Paraná e possui todos os equipamentos necessários para dar suporte a pacientes em situação crítica. Além disso, desde 2011, toda a frota aérea do Governo do Estado é utilizada para atendimento à saúde. Logo nos primeiros dias de sua gestão, o governador Beto Richa determinou que a área da saúde tenha prioridade no uso de aeronaves. Somando os helicópteros, o avião UTI e as demais aeronaves já chega a quase seis mil atendimentos em seis anos, abrangendo busca de pessoas em locais de difícil acesso (resgate), transferência de pacientes, transporte de órgãos para transplantes e de equipes médicas. NOROESTE - De acordo com o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, a base Noroeste atenderá os municípios incluídos nas regionais de saúde de Maringá, Cianorte, Umuarama e Paranavaí. “Com isso, ganhamos na agilidade e no fornecimento de um atendimento com equipe qualificada. É na situação de emergência que a população mais precisa de um atendimento rápido e qualificado”, afirmou. Com o serviço aeromédico, informou o secretário, o Paraná conquistou o segundo lugar em transplantes e reduziu em 27% os óbitos em acidentes de trânsito. Ele fez uma comparação com a gestão anterior ao do governador Beto Richa. De 2007 a 2010, foram feitos apenas oito atendimentos aeromédicos no Estado. Já na gestão Richa, foram realizados 3.284 atendimentos. “Antes, para usar as aeronaves era necessária aprovação direta do governador. Os pacientes têm que ser transportados com urgência e não podem ficar esperando, Por isso, acabamos com essa exigência”, afirmou. COM O SAMU – O helicóptero de Maringá atua em conjunto com a equipe do Samu 192. Todo o custo operacional é bancado com recursos do Governo do Estado. O helicóptero poderá ser deslocado para o atendimento de casos graves, que necessitam de intervenção rápida, ou em ocorrências cujos locais são de difícil acesso. O prefeito Roberto Pupin agradeceu os investimentos em saúde realizados pelo Estado em Maringá e disse que a nova base aeromédica garantirá aos moradores da região Noroeste mais agilidade no atendimento médico. “Com as contas equilibradas, o Estado tem investido em saúde e, agora, cede um helicóptero para atender a região. Isso é muito importante para salvar vidas e mostra sensibilidade para trazer conforto às pessoas”, afirmou. Antigamente, o transporte aeromédico era realizado pelo Grupamento Aeropolicial – Resgate Aéreo (GRAER), também sediado em Londrina. A aeronave era compartilhada com a área de segurança pública e atendia apenas uma pequena parcela da população da região noroeste. Com o novo helicóptero, aumenta o número de municípios cobertos pelo serviço. PRESENÇAS - Acompanharam o evento a vice-governadora Cida Borghetti e os deputados estaduais Doutor Batista, Tiago Amaral e Alexandre Curi, além de prefeitos e vereadores

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Aeronáutica colombiana confirma que avião caiu sem combustível

O Globo A Aeronáutica Civil Colombiana confirmou, na noite desta quarta-feira, que o avião da Lamia, que levava a delegação da Chapecoense para Medellín, ao cair não tinha combustível no tanque. Segundo o secretário de segurança aérea do país, Fredy Bonilla, foi aberta uma investigação para determinar os motivos pelos quais isso ocorreu, já que contraria as normas de aviação internacional. Essas são as primeiras informações oficiais para elucidar as causas do desastre, que matou 71 pessoas, entre jogadores e comissão técnica do time catarinense, além de tripulantes e jornalistas, que iriam cobrir a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. A suspeita de pane seca já havia sido comentada após a divulgação da conversa entre o piloto Miguel Quiroga, do Avro RJ-85, e a torre de comando local. — O plano de voo do avião estabelecia Bogotá como aeroporto alternativo caso não pudesse pousar em Rionegro. Mas o avião não tinha combustível suficiente para ir a Bogotá — declarou o coronel, acrescentando que as caixas pretas serão enviadas, em breve, às autoridades da Inglaterra, país de origem da fabricante do avião. O atraso para embarque de São Paulo com destino a Medellín desencadeou uma série de decisões atropeladas e arriscadas, incluindo o não reabastecimento da aeronave, que culminaram no acidente fatal. Se esse voo fretado, de cujo plano constava uma parada para reabastecimento em Cochabamba, na Bolívia, para reabastecimento, tivesse sido autorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a delegação do time de futebol chegaria ao destino às 23h (de Brasília; 20h na Colômbia) de segunda-feira. O regulamento da Anac só permite um voo fretado do Brasil à Colômbia se a empresa for brasileira ou colombiana. Assim, a solução da Chapecoense foi embarcar numa aeronave da BoA (Boliviana de Aviación) para Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) e de lá, iniciar a viagem com a Lamia. O voo da BoA, no entanto, atrasou mais de uma hora para sair do Brasil: a previsão era às 15h15m, mas decolou às 16h22m. E a aterrissagem, prevista para as 17h32m, aconteceu às 18h41m. Com isso, o voo entre Santa Cruz de la Sierra e Medellín, que passou a ser a nova rota, também atrasou. E impossibilitou uma parada em Cobija (Bolívia) para reabastecimento. Isso porque esse aeroporto não opera à noite, e a previsão de chegada nesse local era por volta das 20h. Assim, o piloto Miguel Quiroga, também sócio da Lamia, optou por seguir direto, sem pousar em Cobija nem Bogotá, uma segunda opção para reabastecimento. Economizaria, assim, cerca de uma hora. Encheu o tanque, cuja autonomia era de 2.963 quilômetros para uma distância de 2.985 quilômetros. O plano não contava com a espera para o pouso. Um outro avião, da Viva Colombia, declarou situação de emergência e ganhou prioridade. E a aeronave que transportava a Chapecoense precisou dar duas voltas, procedimento conhecido como órbita, para aguardar a autorização de pouso. A opção por viajar com o tanque justo, sem reserva ou parada, foi apontada por Bruno Goytia, filho do copiloto Ovar Goytia que estava no avião, como o motivo da queda, segundo entrevista concedida por ele ao jornal boliviano “El deber”. — Tomaram a decisão de encher o tanque por completo e seria possível fazer o pouso, tanto que caíram a apenas 17 milhas do aeroporto, que correspondem a três ou cinco minutos. Mas o tráfego de espera consumiu todo o combustível que restava — afirmou Bruno, que estuda pilotagem. — Pelo que eu tinha entendido, haveria uma escala em Cobija. Mas o avião que estava trazendo os jogadores da Chapecoense a Bolívia teve um atraso. Então, não podia aterrissar em Cobija, pois não há operações noturnas, pois não há luz na pista. Aí tomou-se esta decisão de encher o tanque por completo. Além disso, os jogadores tinham que treinar. MAUS COSTUMES Uma das vítimas, o zagueiro da Chapecoense Filipe Machado postou vídeo nas redes sociais, quando ainda estava em São Paulo. Nas imagens, de dentro do avião da BoA, ele menciona a parada: — Vai começar a viagem. Vamos para o Acre e, depois vamos… para onde, Cadu? Cobija! Segundo um controlador de voo, que pediu anonimato, a tática de economia de combustível, viajando sem reserva é velha conhecida. Conta que os pilotos de empresas que adotam esse mau costume evitam declarar emergência à torre para não levantar suspeitas, o que acarreta investigação imediata e multas pesadas à empresa. De acordo com Jorge Barros, piloto da reserva da Força Aérea Brasileira (FAB) e que já trabalhou para Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes (Cenipa), o piloto Quiroga não soube lidar com uma possível frustração de seu cliente, que poderia chegar mais tarde que o previsto no destino, caso fizesse uma parada para reabastecimento. — Existe um ditado jocoso que é o seguinte: “O avião é o meio de transporte mais rápido para quem não tem pressa”. O avião é um veículo rápido, claro, mas quando está no ar. Há uma série de demandas de solo e de planejamento que o seguram no chão e que podem atrasar uma viagem. Isso sem contar, chuva, tráfego aéreo, descida de emergência que causam frustração em todos do voo — comenta Barros. — E a habilidade para lidar com essas variáveis, planejamento e frustrações diferenciam um piloto de um comandante. O Quiroga, que poderia ser um ás, não foi um comandante. Foi irresponsável ao não planejar o pior cenário. Não se viaja contando com o melhor cenário. Quando indagado sobre o plano de voo oferecido ao clube e se o avião faria ou não uma parada em Bogotá, o presidente em exercício da Chapecoense, Ivan Tozzo, desconversou: — Não sei. (O que se especula) é que não tinha um plano B, Mas a Chapecoense não tem, a principio, nada a dizer. (Colaborou Tiago Dantas). fonte: Fabio Campana