quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Richa lança Mutirão Paranaense de Cirurgias Eletivas para atender 30 mil pessoas

O Governo do Paraná realizará um grande movimento para reduzir a fila de espera por cirurgias eletivas de média complexidade. O objetivo é, em um ano, a partir de 1º de setembro, realizar 30 mil cirurgias de catarata, hérnia de disco, cirurgias ortopédicas, ginecológicas e demais áreas que não são emergenciais, mas que comprometem a qualidade de vida daqueles que aguardam sua vez de operar. O Mutirão Paranaense de Cirurgias Eletivas foi lançado pelo governador Beto Richa, nesta terça-feira (01.09), no Palácio Iguaçu, em Curitiba, junto com o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto. Inicialmente, estão previstos R$ 33 milhões para o programa. Dos 30 mil procedimentos previstos, 15 mil serão de catarata, o que pode zerar a fila desse tipo de cirurgia no Paraná. “O Paraná é um dos estados que mais realiza esse tipo de cirurgias no país. Com o mutirão, o objetivo é ampliar em 50% o número de procedimentos em um ano”, disse o governador. O mutirão de cirurgias eletivas é um esforço do Governo do Paraná para um dos maiores gargalos da saúde pública brasileira. “Temos o compromisso de reduzir essas filas e garantir aos paranaenses um atendimento mais ágil e humano”, disse Richa. As cirurgias de emergência são realizadas imediatamente no atendimento ao paciente crítico. No entanto, na média complexidade há dificuldade em agendamento de consultas e exames e na marcação do procedimento cirúrgico. Como não há risco eminente para a pessoa, o adiamento acaba sendo inevitável pela grande demanda de emergências. ASDAS BONS RESULTADOS – Na solenidade, o governador fez um balanço dos investimentos do governo estadual em saúde e atribuiu o bom momento ao ajuste fiscal do Estado. “Ao contrário de vários estados brasileiros, o Paraná se antecipou e fez um grande ajuste para superar a crise econômica nacional. Agora estamos com o orçamento equilibrado e com dinheiro para investir”, disse ele, citando, como exemplo, a liberação de R$ 60 milhões, no mês passado, para o transporte sanitário. Richa criticou o governo federal pelo corte de R$ 13 bilhões do orçamento para a saúde e disse que o subfinanciamento à área sobrecarrega municípios e estados. “Nos últimos dez anos, a União reduziu sistematicamente seus investimentos em saúde. Há uma década, a União era responsável por 70% do financiamento da saúde. Hoje, responde por menos de 30%. Transferiu responsabilidades para Estados e municípios, sem a devida contrapartida”, afirmou Richa. PRIORIDADE - O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, explicou que, em quatro anos e meio, o Paraná realizou mais de 80 mil cirurgias eletivas. “Estamos investindo recursos do Estado e credenciando mais hospitais para atendermos a necessidade da população, que espera há anos pelas cirurgias", falou. De acordo com ele, a prioridade das cirurgias será dada para os casos mais graves. “Com esse mutirão vamos resolver todos os casos mais sérios e intermediários. Acreditamos que podemos zerar a fila para cirurgias de catarata”, disse o secretário. MUNICÍPIOS - O Mutirão atende os municípios que estão na gestão estadual. Os municípios que têm Gestão Plena do Sistema de Saúde (Curitiba, Londrina, Maringá, Campo Mourão, Foz do Iguaçu, Pato Branco, Francisco Beltrão, Apucarana, Umuarama e Cianorte), que têm mais de 50 mil habitantes, poderão aderir ao mutirão estadual. Esses municípios recebem recursos para o mutirão diretamente do Ministério da Saúde. PRESENÇAS – A solenidade de anúncio do programa contou com a presença do presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado estadual Ademar Traiano; do deputado federal Luciano Ducci, do presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e prefeito de Assis Chateaubriand, Marcel Micheletto, além de diretores de hospitais, deputados e prefeitos. PESSOAS QUE AGUARDAM - Pelo mutirão, o número de pessoas que aguardam por cirurgias de média complexidade é levantado pelas 22 Regionais de Saúde. Dependendo da demanda, a oferta poderá ser ampliada. Preferencialmente, as cirurgias serão realizadas por prestadores da região de residência do cidadão, mas haverá referências estaduais para oferta crítica (hospitais estratégicos que têm capacidade de oferecer grande número de cirurgias) A organização das cirurgias será articulada com as equipes de Atenção Primária dos municípios (Unidades Básicas de Saúde). Será dada prioridade para quem espera há mais tempo, inclusive deslocando o paciente de sua região para uma referência estadual quando for o caso. CATARATA - As cirurgias de Catarata serão oferecidas em todas as regiões, por isso há a possibilidade de zerar a fila. Os demais procedimentos serão organizados de acordo com a disponibilidade de prestadores em cada região. O Governo do Estado vai contratar prestadores de serviços para o mutirão por convênio, chamamento público e pagamento de produção, podendo, inclusive, fazer pagamento diferenciado do que é oferecido pela tabela SUS. CONFIRA ONDE SERÃO OFERTADAS AS CIRURGIAS Catarata: Pacientes das regiões de Curitiba, Paranaguá, Ponta Grossa, Telêmaco Borba, Irati, Guarapuava e União da Vitória serão atendidos em hospitais de Campo Largo, Curitiba e Ponta Grossa. Pacientes das regiões de Londrina, Apucarana, Ivaiporã, Cornélio Procópio e Jacarezinho serão atendidos em hospitais de Londrina e Jacarezinho. Pacientes das regiões de Maringá, Paranavaí, Cianorte, Umuarama e Campo Mourão em Paranavaí, Cianorte e Maringá. Quem mora nas regiões de Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Pato Branco terão atendimento em Cascavel e Francisco Beltrão Demais cirurgias: Hospital Angelina Caron – Campina Grande do Sul Hospital do Rocio – Campo Largo Hospital João de Freitas – Arapongas Hospital de Sarandi Os 52 hospitais públicos e filantrópicos do Paraná, que recebem apoio do governo estadual com recursos para custeio, equipamentos e obras através do Hospsus também realizarão cirurgias pelo mutirão.

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