quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Reforma Política: Câmara vota pelo fim das coligações

A Câmara concluiu nesta quarta-feira a votação da proposta de reforma política que prevê o fim das coligações em eleições proporcionais a partir de 2020 e a criação de uma cláusula de desempenho dos partidos já nas eleições de 2018. Além disso, a proposta acabou com a possibilidade de os partidos formarem federações para concorrer nas eleições a partir de 2020, um golpe para siglas menores. Por outro lado, a Câmara manteve o chamado troca-troca partidário em março de 2018 e nos anos eleitorais seguintes. A redação final da proposta será lida nesta quinta-feira, para que possa ser promulgada. As informações são d’O Globo. Depois de quase um mês de impasse, a Câmara concluiu a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) relatada pela deputada Shéridan. Como se trata de uma emenda constitucional, a proposta agora precisa ser votada pelo Senado até o próximo dia 7 de outubro. As regras eleitorais precisam ser aprovadas até um ano antes das eleições, que serão em outubro de 2018. As federações estavam previstas no texto da deputada Shéridan (PSDB-RR), relatora da reforma política. Seu proibição atinge diretamente os pequenos partidos e partidos de esquerda como PSOL e PCdoB. Com o fim das coligações e a adoção da cláusula de desempenho, essas siglas esperavam ter como alternativa a união em federações, como forma de “escapar” das novas limitações. As federações permitiam que os partidos se unissem para concorrer, mas exigia que eles ficassem unidos e funcionassem como um único partido até o final das legislaturas. Geralmente, os partidos se unem nas eleições e depois se separam. Os grandes partidos se uniram para derrubar a possibilidade de os partidos fazerem uma federação, aprovando um destaque apresentado pelo PP. As maiores críticas partiram do PCdoB, mas o PT também queria manter a formação das federações. — A possibilidade da federação era uma reserva estratégica, considerando-se que existe a cláusula de desempenho agora — disse a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Eram necessários 308 votos para manter a federação no texto, mas apenas 143 apoiaram a proposta. COLIGAÇÕES E BARREIRA O fim das coligações a partir de 2020 e a criação da cláusula de barreira já estavam no texto votado na semana passada. Nesta quarta-feira, os deputados votaram três destaques que haviam ficando pendentes da votação da semana passada, quando a Câmara aprovou o texto principal. A cláusula de barreira gradativa começará a ser adotada em 2018, com a exigência de que os partidos atinjam a votação mínima de 1,5% em pelo menos nove estados e chegando ao mínimo de 3% em 2030. Com isso, as siglas que não alcançarem esse patamar não terão direito a recursos do fundo partidário, nem a tempo de rádio e TV. Com a vedação das doações empresariais, nas eleições do ano passado o fundo partidário foi a principal fonte de financiamento para muitos candidatos. FIDELIDADE PARTIDÁRIA Na votação desta quarta-feira, os deputados retiraram do texto da deputada Shéridan o trecho que tornava mais rígida a fidelidade partidária e, com isso, impedia a chamada janela partidária. A lei eleitoral permite a troca de partido no mês de março do último ano dos seus mandatos, ou seja, nos anos das eleições eleitorais. O destaque derrubando o texto da proposta de Shéridan e garantindo o troca-troca foi aprovado por acordo da maioria dos partidos, inclusive com a concordância da deputada tucana, que é relatora da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma política. A janela partidária foi criada em 2015 e foi adotada no ano de 2016. O troca-troca partidário foi defendido pelo vice-líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM). O DEM foi o autor do destaque que manteve a janela. Cada votação necessitava 308 votos por se tratar de uma PEC. Assim, 371 quiseram a janela partidária, e apenas 13 ficaram contra. — Todos sabem que em março de 2018 tem uma janela partidária. A relatora suprimiu essa possibilidade ainda na discussão da comissão (temática) e manteve um parágrafo que impede isso. Para que possamos ter a possibilidade de termos a janela em março de 2018, vamos suprimir esse texto da proposta. A janela existe em 2018 e nos anos eleitorais subsequentes — disse Pauderney Avelino. Em seguida, a deputada Shéridan disse que fora feito um acordo. Pela lei vigente, o político pode fazer essa mudança, mas sem levar para a nova sigla o tempo de TV e o recurso partidário. O PSOL criticou a manutenção do troca-troca. — Somos contra. Partido político não é clube de futebol aberto a mercado — disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), lembrando que o político pode mudar de partido quando quiser e que essa janela é justamente perto da eleição, quando abre-se uma corrida entre os partidos pelos melhores candidatos. Em seguida, os deputados começaram a discutir o projeto aprovado no Senado que trata do fundo especial de financiamento das campanhas.

Mais de 100 famílias recebem homenagem no Dia da Doação de Órgãos

O Governo do Estado aproveitou o Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro, para homenagear os principais responsáveis pelos transplantes: a família dos doadores. O evento ocorreu nesta quarta-feira (27) no parque Barigui, em Curitiba, e reuniu mais de 100 famílias que aceitaram doar os órgãos de um ente querido. “Nada mais justo do que aproveitar esta data para prestar homenagens aos doadores por meio de suas famílias, que um dia tomaram uma decisão que fez toda a diferença para resgatar uma ou mais vidas de pessoas que estavam na fila de espera por um órgão. Este é só um pequeno gesto para demonstrar nosso agradecimento”, destaca a diretora da Central Estadual de Transplantes, Arlene Badoch. As famílias receberam um certificado de agradecimento pelo ato de amor e solidariedade entregues por médicos de diversos centros transplantadores de Curitiba e região. O cirurgião-transplantador, Fábio Silveira, participou das homenagens. Ele realiza transplantes de rim, fígado e pâncreas no Hospital do Rocio, em Campo Largo. De acordo com Silveira, um transplante bem-sucedido possibilita que um paciente terminal com uma expectativa de vida curta retorne à sua família e às suas atividades normalmente. “Funcionamos em uma grande rede que é o Sistema Estadual de Transplantes, não podemos fazer nada sozinhos. Nessa causa, o ato de amor dessas famílias é essencial”, comenta. A enfermeira da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital do Rocio, Adrieli Patriarca, trabalha há cinco anos na área, mas há três viveu a situação na família. “Perdi meu primo, Adinan, vítima de violência, e vivi isso pelo outro lado. Quando ele faleceu a gente já sabia exatamente o que fazer: aceitar a doação”, conta. A família de Adinan, que vive em Santana do Itararé, na região norte do Paraná, foi uma das homenageadas no evento. “Já tínhamos falado disso na família várias vezes e sabíamos que era uma vontade dele. Hoje nos consola e diminui a nossa dor saber que um pedacinho do meu irmão está ajudando alguém a viver”, fala a irmã da vítima, Fabiane Oliveira, que foi receber o certificado. Mais de 100 famílias recebem homenagem no Dia da Doação de ÓrgãosFALE SOBRE ISSO – A doação de órgãos e tecidos só ocorre com a autorização das famílias, por isso o Governo do Estado é responsável pela campanha ‘Fale sobre isso’. O objetivo é estimular que o assunto seja abordado e que as pessoas deixem claro para suas famílias o desejo de se tornar um doador. A diretora da Central destaca que para ser um doador de órgãos não é necessário deixar nenhum documento ou registro. “É importante deixar claro que não se deixa nada por escrito, não é possível documentar o desejo de doar os órgãos. Quem decide é apenas a família, portanto são eles quem devem saber da vontade de seus entes queridos”, detalha. AVANÇOS – O Governo do Estado investe fortemente na área de doação e transplantes de órgãos. Dados da Associação Brasileira de Transplantes mostram que o Paraná é o segundo estado do país no ranking de doação de órgãos. Em 2010, ocupava a 10ª posição. O número de transplantes também aumentou mais de 300% no período, passando de 169 procedimentos (2010) para 718 (2016). Do início deste ano até agosto já foram realizados 334 doações e 542 transplantes no Estado. Atualmente, a lista de espera por um órgão no Paraná é de 1,6 mil cadastrados, enquanto este número passava de 3,3 mil em 2010.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Mais um plano mirabolante

PT agora ameaça partir para o boicote da eleição de 2018, caso Lula não possa concorrer por impedimento judicial. Editorial, Estadão Sem vocação para aceitar as regras do jogo quando sabe que vai perder, o PT agora ameaça partir para o boicote da eleição de 2018, caso o chefão Lula da Silva não possa concorrer por impedimento judicial, e dessa forma criar um clima de “convulsão social” e “guerra civil”, conforme as palavras de alguns de seus integrantes mais animados. Essa ameaça já estava mais ou menos explícita nos slogans da campanha petista em defesa do demiurgo de Garanhuns: “Eleição sem Lula é fraude” e “Eleição sem Lula é golpe”. Ao considerar que a eleição sem o ex-presidente é fraudulenta por princípio, parece lógico que o PT dela não queira participar. Do contrário, seria uma forma de corroborar o tal “golpe”. É uma pena que essa conversa seja apenas para boi dormir. Se houvesse a menor possibilidade de o PT abandonar voluntariamente a disputa eleitoral, não há dúvida de que a grande maioria dos brasileiros, cansada de tantos anos de empulhação petista, daria a maior força. O País sairia ganhando com a aposentadoria eleitoral dos que transformaram a política em rinha de galos, dividiram a sociedade em “nós” e “eles”, consideram democrático e legítimo somente um governo chefiado por algum petista e tudo fizeram para destruir a economia com suas ideias pré-cambrianas sobre como promover o desenvolvimento nacional. E lotearam a administração pública, que passou a ter donos. Infelizmente, a ideia de difundir a ameaça de boicote é apenas parte de mais uma intrujice petista, destinada a tentar salvar a pele de Lula, diante da cada vez mais evidente possibilidade de que o capo seja condenado em segunda instância por corrupção e, conforme a lei, não possa disputar a eleição. Ao colocar a ideia na rua, a cúpula petista pretende apenas fazer chantagem. “O que estamos denunciando é que o impedimento de Lula seria uma fraude nas eleições. (O boicote) é uma coisa que não está sendo oficialmente discutida ainda, mas vai caminhar para isso se ele for impedido de ser candidato. É um processo que não tem base jurídica”, afirmou a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, em entrevista à BBC Brasil. Os petistas já consideram o caso de Lula praticamente liquidado nas instâncias inferiores do Judiciário, restando, portanto, apelar para o Supremo Tribunal Federal. É ali que o partido espera travar a batalha política pelos votos que colocariam Lula na disputa presidencial. A chantagem é clara: se Lula não puder concorrer, os petistas ameaçam incendiar o País, deixando de concorrer na eleição para todos os cargos em disputa em 2018. “Não é colocar a faca no pescoço dos ministros nem de ninguém, mas (a intenção) é alertá-los sobre a gravidade dessa situação para a democracia brasileira. É algo que nos questiona como país democrático, como economia, internacionalmente é péssimo”, disse Gleisi. Seria estarrecedor se ministros do Supremo, coagidos por essa ameaça de violência, se rendessem à tese de que um réu não pode ser condenado simplesmente porque seu partido político o considera inocente, razão pela qual entende que não cabe à Justiça dizer se ele pode ou não ser presidente da República. Ademais, a ameaça de boicote petista muito provavelmente jamais será levada adiante, pela simples razão de que o PT, já combalido depois da surra eleitoral de 2016 e com seus principais dirigentes ou presos ou processados, precisa ter alguma presença no cenário político para sobreviver. É isso, aliás, o que faz a atual cúpula petista insistir em Lula, pois sem o chefão a perspectiva eleitoral do partido, já suficientemente ruim, piorará de forma drástica. Nomes como o de Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, e o do ex-ministro Jaques Wagner, ventilados como alternativa nos últimos tempos, não empolgam os dirigentes petistas. “Não temos plano B. Plano B para quê? Haddad? Jaques Wagner? Plano B é para perder a eleição? Nosso nome competitivo é o Lula e é com ele que vamos para a eleição”, disse Gleisi à BBC. Assim, o PT, em seu desespero, assume de vez que não consegue mesmo ir além de Lula.

Governo do Estado repassa R$ 12 milhões para Arapongas

Com apoio do Governo do Estado, o município de Arapongas, no Norte do Paraná, vai ampliar e melhorar os serviços prestados à população. O governador Beto Richa esteve na cidade nesta quinta-feira (21) para fazer repasses e anúncios – nas áreas de saúde, saneamento básico e desenvolvimento urbano – que somam cerca de R$ 12 milhões. De acordo com o governador, esses investimentos só são possíveis porque o Estado equilibrou as contas públicas. “Nós fizemos o ajuste fiscal quando foi necessário e isso nos permite, hoje em dia, destinar recursos para todos os municípios do Paraná, contribuindo para o desenvolvimento do Estado e dando mais qualidade de vida da população”, disse. Para a saúde, o governo estadual anunciou R$ 5 milhões, que serão usados para a construção da segunda unidade do Hospital Norte Paranaense. Outros R$2 milhões foram repassados para a compra de equipamentos e ambulâncias, além da reforma do pronto atendimento municipal. HOSPITAL – Na segunda unidade do Hospital Norte Paranaense será implantada a ala do pronto-socorro. O PS terá 4 mil m² em quatro pavimentos, às margens da PR-444. O secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, informou que para o orçamento de 2018 o hospital terá mais R$ 9 milhões. Além disso, há mais uma série de investimentos, tanto na base no sistema como na qualificação e compra de equipamentos, que vão melhorar cada vez mais a saúde de Arapongas, disse. O hospital é referência na Rede Paraná Urgência e recebe R$ 3,4 milhões anuais do Hospsus. Também já recebeu do Estado 10 monitores paramétricos e 10 respiradores para ampliar os leitos de UTI. Desde 2011, o Governo do Paraná investiu R$ 25,4 milhões na regional de saúde de Apucarana, que compreende 17 municípios. Os recursos foram utilizados para a construção, reforma e ampliação de unidades de saúde; manutenção e custeio das unidades, além de repasses aos hospitais da região via Hospsus. Além das verbas repassadas, o Estado também destinou 26 ambulâncias à região. PRESENÇAS – Participaram da solenidade os secretários de Estado de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, e do Desenvolvimento Urbano, João Carlos Ortega; o presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche; o presidente da Cohapar, Abelardo Lupion; o presidente do Instituto das Águas do Paraná, Iran de Rezende; os deputados estaduais Pedro Lupion, Cobra Repórter e Tiago Amaral e o deputado federal Luciano Ducci.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

“Jamais considerei homossexualidade uma doença”, diz juiz

Jornal do Brasil
O juiz da 14ª Vara do Distrito Federal, Waldemar Cláudio de Carvalho, divulgou uma nota nesta quinta-feira (21), após a forte repercussão de sua decisão ao permitir, em caráter liminar, que psicólogos possam tratar homossexuais como doentes e possam fazer terapias de “reversão sexual” sem sofrer qualquer tipo de censura por parte do Conselho Federal de Psicologia (CFP). O juiz frisou que “em nenhum momento considerou ser a homossexualidade uma doença ou qualquer tipo de transtorno psíquico passível de tratamento”, e que “espera a compreensão do público em geral, em especial daqueles que não tiveram a oportunidade de ler, em sua integralidade, a referida decisão.” Na sexta-feira (15), a Justiça acatou parcialmente o pedido numa ação popular contra a Resolução 01/99 do Conselho que orienta os profissionais da área a atuar nas questões relativas à orientação sexual. A decisão mantém a integralidade do texto da Resolução, mas determina que o CFP a interprete de modo a não proibir que profissionais da psicologia façam atendimento buscando reorientação sexual, sem qualquer possibilidade de censura ou necessidade de licença prévia. “Em nenhum momento considerei homossexualidade uma doença”, diz juiz A resolução foi editada em 1999 pelo CFP, que vai recorrer ao processo – em fase inicial – às instâncias superiores. A ação foi movida por um grupo de psicólogos defensores dessa prática. Em nota de repúdio à decisão da Justiça, a CFP afirmou que a liminar “representa uma violação dos direitos humanos e não tem qualquer embasamento científico”. A decisão causou forte reação entre ativistas e nas redes sociais. >> “Cura gay”: público LGBT reage à decisão de juiz e ironiza consequências da medida Veja o comunicado do juiz na íntegra: “Considerando a interpretação e a propagação equivocada acerca da decisão proferida por este Magistrado nos autos do Processo n. 1011189-79.2017.4.01.3400; Considerando que em nenhum momento este Magistrado considerou ser a homossexualidade uma doença ou qualquer tipo de transtorno psíquico passível de tratamento; Considerando ser vedado ao Magistrado manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento (art. 36, III, da Lei Orgânica da Magistratura Nacional); Considerando existir meio processual adequado à disposição das partes para pedir o esclarecimento de eventuais obscuridades ou contradições em qualquer decisão judicial (art. 1.022, I, do novo Código de Processo Civil); Este Magistrado vem a público declinar dos convites a ele formulados por diversos meios de comunicação no intuito de debater ou esclarecer seu posicionamento acerca da questão. Espera-se a compreensão do público em geral, em especial daqueles que não tiveram a oportunidade de ler, em sua integralidade, a referida decisão, que se encontra disponível no sítio do TRF1 (http://portal.trf1.jus.br/sjdf/), em Notícias.”

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Em protesto contra liberação da ‘cura gay’, líder LGBT pede aposentadoria

Em protesto contra a “cura gay”, o diretor do Grupo Dignidade Toni Reis, líder ativista LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) no Paraná, vai entrar ainda nesta terça-feira (19) com requerimento no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para pedir aposentadoria compulsória. O pedido se baseia na decisão polêmica da Justiça Federal de Brasília que permite a terapia de ´reversão sexual e abre precedente para considerar o homossexualismo como doença. “Espero que o pedido seja deferido pela Justiça, afinal eu sou gay há 53 anos e trabalhei mesmo doente durante todos esses anos. Quero aposentadoria retroativa. Quero a primeira aposentadoria por doença gay”, as informações são do Bem Paraná. Ele disse ainda que mais de 800 pessoas já pediram o modelo de requerimento, porque pretendem fazer o mesmo. “Claro que é um protesto muito irônico para mostrar que a decisão deste juiz é uma grande besteira”. Reis pretende usar os mesmos argumentos dos psicólogos que entraram com a ação e do juiz na decisão. “Entende-se que a partir dessa decisão, em torno de 20 milhões de pessoas brasileiras que são homossexuais (segundo estimativas científicas baseadas no estudo de Kinsey, 1948) tornam-se inválidas e, portanto, elegíveis para receber aposentadoria por invalidez. Reconheço que o pagamento desse benefício imprevisto possa quebrar a Previdência Social uma vez por todas, mas sugiro que o déficit incorrido seja recuperado por meio da taxação da renda das igrejas que promovem a “cura gay””, diz um trecho do requerimento (veja o requerimento completo abaixo). No pedido, Reis pede aposentadoria de 24 salários mínimos, “com isenção de todo e qualquer imposto por motivo de crença (ou melhor, doença), e com direito a passaporte diplomático para poder empregar o tempo ocioso em viagens ao exterior, buscando a cura em centros avançados, e também divulgando a boa nova brasileira relativa à cura do ´homossexualismo´. ” Uma decisão liminar do juiz Waldemar Cláudio de Carvalho determina que Conselho Federal de Psicologia (CFP) não pode proibir terapia de “reversão sexual” e abre brecha para profissionais tratarem homossexualidade como doença. O tratamento é proibido pelo CFP desde 1999. Em comunicado, o órgão anunciou que vai recorrer da decisão. A decisão atende a pedido da psicóloga Rozangela Alves Justino em processo aberto contra o colegiado, que aplicou uma censura à profissional por oferecer a terapia aos seus pacientes. Segundo Rozângela e outros psicólogos que apoiam a prática, a Resolução do C.F.P. restringia a liberdade científica. “Sendo assim, defiro, em parte, a liminar requerida para, sem suspender os efeitos da Resolução nº 001/1990, determinar ao Conselho Federal de psicologia que não a interprete de modo a impedir os psicólogos de promoverem estudos ou atendimento profissional, de forma reservada, pertinente à (re) orientação sexual, garantindo-lhes, assim, a plena liberdade científica acerca da matéria, sem qualquer censura ou necessidade de licença prévia por parte do C.F.P., em razão do disposto no art. 5º. inciso IX, da Constituição de 1988”, anota o magistrado. Veja o pedido de Toni Reis na íntegra: Toni Reis REQUER Requerimento de Aposentadoria Compulsória Retroativa por “Homossexualismo” Ao: Exmo. Sr. Doutor Juiz Federal Waldemar Claúdio de Carvalho SAU/SUL Quadra 2, Bloco G, Lote 8, Brasília – DF CEP: 70070-933 Telefone: 3221-6000 c.c. Exma. Sra. Raquel Dodge Procuradora-Geral da República c.c. Exmo. Sr. Ronaldo Nogueira Ministro do Trabalho e da Previdência Social c.c. Exmo. Sr. Ricardo Barros Ministro da Saúde Em 15 de setembro de 2017, o meritíssimo juiz federal Waldemar Claúdio de Carvalho concedeu liminar que permite o uso por psicólogos/as de terapias de “reversão sexual” de pessoas homossexuais, contrariando a Resolução 001/1999 do Conselho Federal de Psicologia, bem como as deliberações da Organização Mundial da Saúde, da Organização Pan-Americana da Saúde e do Conselho Federal de Medicina, entre outras organizações científicas, e promovendo o curandeirismo e o charlatanismo, uma vez que a decisão infere que as pessoas homossexuais são doentes e passíveis de tratamento, liberando assim a “cura gay”. Entende-se que a partir dessa decisão, em torno de 20 milhões de pessoas brasileiras que são homossexuais (segundo estimativas científicas baseadas no estudo de Kinsey, 1948) tornam-se inválidas e, portanto, elegíveis para receber aposentadoria por invalidez. Reconheço que o pagamento desse benefício imprevisto possa quebrar a Previdência Social uma vez por todas, mas sugiro que o déficit incorrido seja recuperado por meio da taxação da renda das igrejas que promovem a “cura gay”. Como ainda não existe tabela para essa doença, sugerimos que o valor mensal do benefício seja 24 salários mínimos, com isenção de todo e qualquer imposto por motivo de crença (ou melhor, doença), e com direito a passaporte diplomático para poder empregar o tempo ocioso em viagens ao exterior, buscando a cura em centros avançados, e também divulgando a boa nova brasileira relativa à cura do “homossexualismo”. Sendo uma dessas pessoas inválidas, devido à minha condição homossexual que é de notório saber, venho por meio deste requerer minha aposentadoria compulsória, com direito a acompanhante especializado, retroativa até o início das primeiras manifestações da minha homossexualidade, por volta do ano de 1970. Nestes termos, deferimento. Curitiba-PR, 18 de setembro de 2017 Toni Reis Diretor Executivo do Grupo Dignidade

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Saúde alerta sobre prevenção de acidentes com animais peçonhentos

A Secretaria de Estado da Saúde orienta a população sobre cuidados para evitar acidentes com animais peçonhentos e, em caso de picadas de aranhas, escorpiões e serpentes, por exemplo, para a necessidade de procurar assistência rapidamente. O Governo do Estado mantém em Curitiba o Centro de Controle de Envenenamentos do Paraná (CCE) para orientar a população e profissionais de saúde sobre os encaminhamentos quando necessário. O serviço tem atendimento 24 horas pelo telefone 0800 410 148. “A agilidade em administrar o soro antiveneno em acidentes com peçonhentos pode fazer a diferença entre a vida e a morte. A orientação fornecida por telefone pode auxiliar na identificação da gravidade do caso e indicar o melhor encaminhamento”, explica a chefe da Divisão de Vigilância em Zoonoses e Intoxicações, Tânia Portella Costa. Segundo ela, os centros de informações e assistência em toxicologia, como o CCE, prestam atendimento em envenenamentos e fornecem consultoria em urgências toxicológicas, animais peçonhentos e venenosos através de plantão telefônico 24 horas. Esse suporte auxilia os profissionais de saúde no diagnóstico e tratamento além de fornecer informações gerais e de prevenção para a população. No Paraná, os antivenenos estãoSaúde alerta sobre prevenção de acidentes com animais peçonhentos disponíveis na rede de saúde através das 22 regionais da Secretaria de Estado da Saúde e, ao todo, existem 212 centros de referência para aplicação dos soros. Uma das orientações para evitar acidentes com animais peçonhentos é não acumular entulhos e lixo, o que facilita o esconderijo e a proliferação desses animais. A superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordelini, chama a atenção para o risco a que estão sujeitos principalmente crianças e idosos. “As crianças são mais sensíveis à toxidade do veneno pela baixa massa corpórea e os idosos por sua fragilidade física. No entanto, o risco aos acidentes é comum para todos, o que demanda cuidados e prevenção”, ressaltou. NÚMEROS – Em 2016, o Paraná registrou mais de 14 mil acidentes com animais peçonhentos, sendo que as picadas de escorpiões somaram 1.738 casos. Neste ano, de janeiro a setembro (dados preliminares), já foram computados 924 acidentes com escorpiões. No mesmo período de 2016, o Paraná registrou 990 casos. ESCORPIÕES – No Paraná, existem vários tipos de escorpiões nativos, como o marrom (Tityus bahiensis, Tityus costatus, Ananteris sp) e o pretinho, do gênero Bothriurus, espécies que não apresentam acidentes graves. No entanto, a partir da década de 80 foi introduzido no Estado o escorpião amarelo (Tityus serrulatus), espécie de maior periculosidade, sendo o principal causador dos óbitos, principalmente em crianças. Segundo o biólogo da Secretaria da Saúde, Emanuel Marques da Silva, o escorpião amarelo é uma espécie que se reproduz com rapidez. “É uma espécie generalista com grande capacidade de adaptação a ambientes alterados, como os ambientes domiciliares e seu entorno. A presença de apenas um exemplar pode provocar a infestação, porque a fêmea se reproduz de forma assexuada (partenogênose), sem a necessidade do macho”, explicou. A espécie prefere se proteger em ambientes quentes e úmidos, saindo para caçar e se alimentar. No ambiente domiciliar o escorpião amarelo se abriga sob madeiras velhas, lenha, telhas, tijolos, restos de construção, entulhos e principalmente frestas em calçadas, muros e paredes. “O lixo domiciliar mal acondicionado, restos de alimentos e sujeira nos domicílios atraem insetos, como baratas e outros que são alimentos dos escorpiões. Dessa forma, estes animais têm abrigo, alimento e água no entorno das habitações”, detalha o biólogo. Para evitar acidentes, é importante que as pessoas removam materiais desnecessários, mantenham o lixo domiciliar acondicionado de forma adequada e fechem as frestas para que os escorpiões não se instalem e se reproduzam nas casas. Veja algumas orientações para prevenir acidentes com animais peçonhentos: Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem; Examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las; Afastar camas e berços das paredes; Não deixar que lençóis ou cobertores sobre a cama e berço encostem no chão. Aranhas e escorpiões podem utilizá-los como apoio para subir e se abrigar entre tecidos e travesseiros; Não acumular lixo orgânico, entulhos e materiais de construção; Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés; Utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos; Manter limpos os locais próximos das residências, jardins, quintais, paióis e celeiros; Em caso de dúvidas, ligue para o telefone 0800 410148 (Centro de Controle de Envenenamentos do Paraná).

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Fundador da JBS assume presidência da empresa no lugar do filho

O Conselho de Adminsitração da JBS aprovou, por unanimidade, a nomeação de José Batista Sobrinho, fundador do grupo, para a presidência da JBS. A reunião ocorreu na noite de sábado. Conhecido como Zé Mineiro, José Batista sobrinho é pai de Wesley e Joesley Batista, que estão presos. Suas iniciais dão nome ao frigorífico. Ele vai substituir Wesley Batista, que era o presidente global da empresa e que foi preso na quarta-feira, acusado de insider trading (informação privilegiada). As informações são d’O Globo. A nomeação de José Batista Sobrinho contraria o BNDES, maior acionista individual da JBS, que inicialmente queria um nome de fora da família na presidência. Ainda assim, a representante do banco de fomento no Conselho, Claudia Santos, votou em bloco com os demais conselheiros. Nos últimos dias, o nome de Wesley Batista Filho como possível sucessor. Outros nomes ventilados para comandar a JBS eram os do presidente do Conselho Tarek Farahat, e de Gilberto Tomazoni, presidente global da JBS.

Toledo ganha unidade de saúde, heliponto e equipamentos para novo hospital regional

A população de Toledo passa a contar com novos serviços públicos de saúde a partir deste sábado (17). Com a presença do secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, foram inauguradas duas importantes obras que devem melhorar a qualidade do atendimento de saúde na cidade. Trata-se da ampliação da Unidade de Saúde Jardim Europa e da construção da área de pouso para o helicóptero de resgate do Estado, localizado ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Além disso, cumprindo agenda na região, Caputo Neto anunciou a construção de um novo hemonúcleo e entregou mais um lote de equipamentos para a implantação do Hospital Regional de Toledo, que está em fase final de construção. Ao todo, o Estado está investindo R$ 10 milhões para equipar e mobiliar a estrutura. Entre os aparelhos já adquiridos estão: tomógrafo computadorizado, raio-x, autoclave, arco cirúrgico, mesas e focos cirúrgicos e outros itens médico-hospitalares.
"Estamos empenhados para colocar este hospital para funcionar o mais breve possível. A população do Oeste merece um atendimento mais digno na saúde. Por isso, somos parceiros deste projeto e vamos ajudar no que for preciso", declarou o secretário, durante reunião com prefeitos. Na solenidade, ele informou ainda que o Estado se compromete a repassar outros R$ 2,6 milhões para complementar o parque de equipamentos do serviço. Conforme projeto, o hospital deve contar com 88 leitos, sendo 10 de UTI, 8 de observação e 70 gerais. A intenção é torná-lo referência regional para a Rede Paraná Urgência. A previsão é que a unidade seja inaugurada no primeiro semestre do ano que vem. Após sua entrega, o hospital receberá R$ 910 mil por mês como apoio de custeio do Estado. De acordo com Caputo Neto, que é cidadão honorário de Toledo, o governo estadual tem dado atenção especial à cidade, que necessitava de investimentos robustos para reestruturar a retaguarda de saúde . "Estamos vivendo um novo tempo na saúde de Toledo. Desde 2011, já destinamos mais de R$ 241 milhões. Recursos que refletem diretamente no aumento da oferta de leitos gerais e de UTI, crescimento do números de consultas, exames, cirurgias e demais serviços especializados", relatou. ATENÇÃO BÁSICA - Neste sábado, a unidade de Saúde do Jardim Europa ganhou uma ala dedicada exclusivamente à odontologia. A ampliação, custeada com recursos do Estado (R$ 187 mil), viabilizou a abertura de dois consultórios que garantem melhores condições de atendimento aos pacientes. O secretário de saúde de Toledo, Thiago Stefanello, explica que antigamente a unidade só tinha atendimento odontológico durante duas horas por dia, por conta da dificuldade de espaço. "Agora vamos colocar uma equipe permanente aqui, oferencendo assistência adequada na área de saúde bucal", anunciou. Com a liberação da antiga ala odontológica, será possível reforçar as atividades relacionadas à prevenção e educação em saúde. A ideia é realizar reuniões periódicas com a presença da comunidade, divulgando hábitos saudáveis e dando orientações sobre promoção da saúde Aproveitando a entrega do novo espaço, o secretário Caputo Neto informou que o Estado deve fazer novos investimentos na atenção básica de Toledo. "Atendendo a um pedido de lideranças comunitárias, vamos repassar R$ 750 mil para a prefeitura reformar outras cinco unidades de saúde". São elas: Jardim Porto Alegre, Santa Clara 4, Vila Industrial, Jardim Coopagro e Panorama. NOVO HELIPONTO - Anexo à UPA, a área de pouso do helicóptero foi construída com recursos próprios do município. O local será essencial para agilizar o atendimento de pacientes que necessitam de transporte aéreo e transferência rápida para hospitais de maior complexidade. Segundo o prefeito de Toledo, Lucio de Marchi, a obra só saiu do papel graças à sensibilidade dos vereadores que devolveram recursos do orçamento da câmara para a prefeitura. "Com certeza, este local vai contribuir para salvar inúmeras vidas. Além dos vereadores, temos que agradecer também ao governador Beto Richa pela implantação do helicóptero que atende a região", ressaltou. Toledo está no raio de abrangência do Helicóptero de Resgate do Governo do Estado baseado em Cascavel. Para se ter ideia, desde 2014, a aeronave já fez mais 250 atendimentos em Toledo. Somente neste ano, são 69 missões aéreas cuja origem ou destino foi a cidade. BALANÇO - Com o apoio do Estado, Toledo implantou diversas unidades de atendimento que hoje são consideradas modelo no Brasil. Elas seguem modelos inovadores do Governo do Paraná, como o Centro de Especialidades e o Serviço Integrado de Saúde Mental - SIMPR, administrados pelo Ciscopar (Consórcio Intermunicipal de Saúde da Costa Oeste do Paraná. Para a instalação da nova sede do Centro de Especialidades, o Estado destinou R$ 1,5 milhão para a execução da obra e mais R$ 808 mil em equipamentos. Já para o SIMPR, o investimento inicial foi de R$ 150 mil. Ambos recebem ainda repasses de custeio mensal, possibilitando a oferta de atendimento para todos os municípios da regional de Toledo Na gestão do governador Beto Richa, o Hospital Bom Jesus foi outro que passou a receber recursos de custeio pela importância no atendimento regional. Nos últimos seis anos e meio, o incentivo pago pelo Estado já chega a R$ 11 milhões. "É uma verba extra, que ajuda o hospital na manutenção dos seus serviços. Isso faz com que a unidade se qualifique e ofereça o que há de melhor à população", explica a diretora da 20ª Regional de Saúde, Denise Liel.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

O melhor desfecho para a delação de Joesley

Editorial, O Globo Como em um folhetim, em que a história muda de direção devido a fatos surpreendentes, a delação premiada de Joesley Batista, que já rendeu uma acusação de corrupção contra o presidente Michel Temer e resultou, num primeiro momento, na imunidade penal do empresário do grupo JBS, encerrou seu mais recente capítulo, ontem, na consumação de uma reviravolta iniciada no início da semana passada. Foi quando o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, determinou a abertura de investigação a partir da descoberta de uma gravação, omitida em depoimentos por Joesley e por um dos diretores do grupo, Ricardo Saud, também com acordo de colaboração firmado com o MP. A gravação — “uma conversa de bêbados”, tentou atenuar Joesley — indicou que o ex-procurador Marcelo Miller ajudara os dois da JBS a fazer os acordos, mesmo quando ainda trabalhava na Procuradoria-Geral da República. Assim, por iniciativa da PGR, Joesley e Saud deram entrada ontem na penitenciária da Papuda, em Brasília, constrangimento do qual Miller se livrou, porque o ministro do Supremo que analisou os pedidos de prisão temporária, Edson Fachin, não encontrou base legal para a medida. Pode até ser que Janot tenha feito o pedido para deixar claro que não sofrera influência de Miller no fechamento dos acordos no âmbito do JBS. O prêmio da concessão de imunidade penal absoluta a Joesley foi muito criticado, e também serviu de munição para aliados do presidente Temer. Ao sustar o acordo e pedir investigações, o procurador agiu de forma correta. Pode estar agora em sintonia com a opinião pública e seu desejo de ver na cadeia poderosos implicados em corrupção. Mas o que importa mesmo é que as instituições demonstram funcionar na mediação de todos esses conflitos, para que o país continue a enfrentar a crise política no estado de direito, sem qualquer desrespeito ao devido processo legal. E, no caso específico das delações ditas premiadas, o instrumento se fortalece com este teste. Nada do que aconteceu até agora deixou de ser resolvido pelos termos do “acordo de colaboração premiada” assinado por Joesley Batista com o MP federal. Omitir fatos, por exemplo, como aconteceu, é cláusula que permite a rescisão do entendimento. E, por óbvio, a suspensão do prêmio. Há passos importantes ainda a serem dados. Um deles, amanhã, quando o Supremo deve decidir se as provas apresentadas por Joesley na delação — a conversa gravada com Temer e seu desdobramento na pressa com que Rocha Loures puxou maleta com R$ 500 mil por São Paulo — continuam válidas ou caem com o rompimento do acordo. Destaque-se que o próprio acordo preserva essas provas, entendimento que também é de juristas e de ministros da Corte. Este será mesmo o melhor desfecho para o caso. Puna-se quem rompeu o acordo, mas que isto não sirva de pretexto para se deixar crimes impunes.

Dinheiro do Fundo Rotativo já está na conta das escolas

O Governo do Paraná depositou na última sexta-feira (8) cerca de R$ 8 milhões do programa Fundo Rotativo na conta das mais de 2,1 mil escolas estaduais. O dinheiro serve par auxiliar na gestão das instituições de ensino e já está disponível a partir dessa segunda-feira (11). O depósito corresponde à sétima parcela da cota consumo e à terceira da cota de serviço. A cota consumo (mais de R$ 3,9 mi) é destinada à aquisição de materiais de limpeza, expediente, didático, esportivo, gás, lâmpadas, por exemplo. Já a cota serviço (outros R$ 3,9 mi) deve ser utilizada para a execução de pequenos reparos, como a limpeza da caixa de água, instalação elétrica e hidráulica, entre outros serviços emergenciais. Somente em 2017, já foram repassados mais de R$ 39 milhões pelo programa. Ainda está previsto o repasse de mais três cotas consumo e mais uma de cota serviço até o final do ano. O Instituto Fundepar é responsável pelo Fundo Rotativo - programa de repasse de recursos diretamente às contas das escolas estaduais, para a manutenção e outras despesas relacionadas com a atividade educacional. Para receber o dinheiro, as escolas precisam estar com as prestações de conta em dia. E a comunidade escolar deve acompanhar a aplicação desses recursos.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Prefeitos defendem Richa

Prefeitos da região norte do Paraná defenderam o governador Beto Richa (PSDB) das acusações do empresário Eduardo Lopes de Souza, dono da construtora Valor. Acusado de vários crimes e de causar prejuízos milionários ao Estado em obras na área de educação, Eduardo Lopes de Souza agora tenta envolver o governador e outros integrantes da cúpula do governo paranaense na denúncia. As informações são de Edison Costa e Ivan Maldonado na Tribuna do Norte. Para os prefeitos, as delações do empresário não correspondem à verdade, levando-se em conta a conduta do governador, que em sua vida pública sempre procurou atuar com retidão, moralidade, ética e transparência. Na opinião dos prefeitos, Beto Richa vai provar sua inocência “diante da delação mentirosa de um preso que quer se livrar da cadeia”. Para o prefeito de Apucarana, Beto Preto (PSD), quando se trata de delação, a pessoa fala o que quer, ficando para depois o probatório da parte contrária. “Pelo que eu sei, Beto Richa é um governador republicano, que não se envolve e nunca se envolveu em denúncias de corrupção”, observa. “Obviamente que nós que exercemos cargos públicos sempre podemos passar por este tipo de privação. Mas acredito que Beto Richa vai se defender com serenidade”, acrescenta. O prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre da Silva (PSC), diz que ficou indignado com as declarações do empresário Eduardo Lopes de Souza. “Esse delator é um cara que está preso com tornozeleira e agora resolve falar o que quer. Por que ele não fez delação antes, só agora que está em maus apuros?”, indaga Sérgio Onofre. Para o prefeito de Arapongas, é inconcebível que alguém que está preso por prática de atos ilícitos venha a público pôr em dúvida a conduta do governador Beto Richa, que vem fazendo um excelente governo. “Não se pode colocar em risco um governo tão bom como é este do Beto Richa, por causa da fala de alguém que está preso com tornozeleira”, lamenta. “Eu não acredito que nem Beto Richa e ninguém do governo estejam envolvidos em corrupção”, declara. Miguel Amaral (PSDB), prefeito de Ivaiporã, considera Beto Richa um dos melhores governadores que o Paraná já teve e acredita que ele vai provar sua inocência. “Nos oitos meses da minha gestão, nunca recebi qualquer pedido de vantagens. Entendo que a investigação é necessária, mas temos certeza que o governador está tranquilo e vai provar sua inocência. É um governador municipalista, sempre preocupado com o desenvolvimento dos pequenos municípios. Por isso, em nome dos ivaiporãenses, agradeço toda a equipe de governo, pelo que fizeram na gestão do Carlos Gil e já realizaram nesses oito meses dessa nova gestão”, afirma Amaral. O ex-presidente da Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi) e ex-prefeito de Ivaiporã, Luiz Carlos Gil (PSDB), diz que acredita na lisura do governador. “Existe a denúncia, agora tem que se provar. Até prova em contrário, acredito na lisura de Richa, no trabalho dele. Posso atestar que nunca ouvi ou vi nada de irregular durante o tempo da minha gestão. Pelo contrário, nossas conversas sempre foram pautadas em fazer as coisas certas”, diz Gil. Críticas à denúncia O prefeito de Faxinal, Ylson Álvaro Cantagallo (PMDB), o Galo, disse não acreditar que o governador Beto Richa (PSDB) esteja envolvido em qualquer esquema de corrupção. Ele assinala que conhece muito bem a maneira ética, moral e séria como Beto Richa tem se comportado ao longo de sua vida pública, por isso não acredita em nada do que tem sido divulgado contra ele e membros de sua equipe de governo.“Eu acho, inclusive que, antes de se divulgar qualquer denúncia contra alguém nos meios de comunicação, primeiro teria que ter uma comprovação”, afirma Galo. “O que nós temos visto é que primeiro se coloca uma reportagem no ar para depois ouvir o denunciado. O governador vai provar que é inocente, mas aí o estrago já foi feito”, diz.O prefeito de Faxinal observa ainda que Beto Richa tem sido um excelente governador, atendendo a todos os municípios indistintamente. “Toda semana estão sendo liberados recursos para os municípios. Eu mesmo, apesar de ser do PMDB, tenho ido quase toda semana a Curitiba para buscar recursos do governo do Estado”, avalia. O prefeito de Marilândia do Sul, Aquiles Takeda (PV), faz questão de dizer que delações vêm ocorrendo em todo o País e fica por conta do denunciado provar sua inocência depois. No caso do governador Beto Richa, ela frisa que “trata-se de um homem público que construiu sua brilhante carreira política sempre pautado na moralidade, seriedade e transparência. Eu acredito que ele vai provar sua inocência”, afirma Takeda. Municípios destacam governo O prefeito de Jardim Alegre, José Roberto Furlan (PPS), que está na sua primeira gestão, também diz que até prova em contrário confia no governador. “Pelo pouco tempo de convívio que tenho com o Beto Richa, pude perceber que é uma pessoa séria e honesta. É uma pessoa preocupada em ajudar nossos municípios, e não vi nada de desleal nas atitudes dele. Por sinal, só tenho a agradecer por estar ajudando Jardim Alegre. É uma excelente pessoa, que merece o nosso carinho e o nosso respeito”, afirma Furlan. José Gonçalves (PSDB), vice-prefeito por duas gestões e atual prefeito de Godoy Moreira, também disse que não conhece nenhum ato que desabone o governador. “Durante todo o tempo que estamos trabalhando nunca percebi nada de irregular na gestão do Beto Richa. Se tem alguma coisa a Justiça vai ver, mas pelo que conheço e tenho acompanhado, não vai ser encontrado nada. Posso, sim, afirmar que os compromissos dele estão sendo todos cumpridos com nosso município, por isso, só temos a agradecer”, completa Gonçalves.

A ‘psicóloga cristã’ do Paraná

A autointitulada “psicóloga cristã” Marisa Lobo ganhou uma batalha na guerra que trava há seis anos com o Conselho Regional de Psicologia do Paraná, onde vive e pratica sua profissão. A juíza Soraia Tullio, da 4ª Vara Federal de Curitiba, negou uma ação indenizatória por dano moral que o conselho movia contra a psicóloga. No processo, Lobo é acusada de submeter “sistematicamente esta autarquia na mídia, em situação vexatória e constrangedora”, o que “vilipendia” a “dignidade e a atuação da instituição”. Compensação sugerida: R$ 50 mil. O texto elenca entrevistas que Lobo deu a sites como Gospel Prime, Cavaleiro do Templo e Guia-me. A manchete de um deles, o Genizah: “Sob o ataque do CRP e de ativistas gays e ateus”. Na foto, Marisa lê uma Bíblia em frente ao prédio da autarquia. De 2012, a reportagem narra uma ida de Lobo ao conselho –que ela afirma ser “politicamente aparelhado” e para o qual diz pagar, em contribuição compulsória, anuidade de quase R$ 500. Lobo relatou que, na reunião, fiscais lhe disseram frases como “você não tem o direito de dizer em público que ama os gays, mas quer ter um filho hétero” e “não pode dizer que Jesus cura, estando na condição de psicóloga”. O quiproquó entre as partes começou em 2011, quando Lobo foi intimada a “esclarecer sobre a publicidade de serviço de psicologia com vinculação religiosa”, como a própria afirmou à Justiça. O código de ética da categoria veda “induzir [o paciente] a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito”. O argumento do conselho: o que dizer de Lobo na pele de uma “psicóloga cristã” que ainda por cima defenderia a “cura gay”? Ela nega as duas acusações e se diz vítima de “perseguição religiosa” e “abuso psicológico”. É fiel da Igreja Batista do Bacacheri, a mesma do coordenador da força-tarefa da Lava Jato (Lobo é “fã” da operação). E não nega sua fé. À Folha já definiu o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) como seu “mentor”, e ele retribuiu lhe chamando de “amiga de longa data” –os dois se unem na aversão ao ensino da ideologia de gênero nas escolas, entre outros dissabores que Lobo associa a uma agenda da esquerda. UM E OUTRO Sim, Lobo é evangélica e psicóloga. Mas sabe separar uma coisa da outra, diz. No divã, seria uma; nas redes sociais e em audiências públicas, defende que tenha “liberdade de opinião”. Em 2013, ela já rechaçava a ideia de que tentava “curar” a homossexualidade. “Meu cabeleireiro é [gay], meu médico de pele é. Já acolhi em casa um homossexual pai de santo travesti com Aids”, afirmou à Folha na época. No ano seguinte, o CRP-PR cassou seu registro profissional –decisão depois revertida pelo Conselho Federal de Psicologia. Hoje diz: “Me condenaram pois não aceitei parar de afirmar que ser cristã é um direito meu. Eu me apresento, sim, como psicóloga e cristã, mas não ‘psicóloga cristã’. Há uma grande diferença legal e constitucional”. A Folha aponta: é com a última opção, contudo, que Lobo se introduz em redes sociais. “Foi um erro… mas as pessoas me conhecem assim…”, diz a psicóloga, que em seu site promove a “sexualidade debaixo da graça”. Celebrou no Instagram a decisão judicial a seu favor, com uma foto em que aparece levando o dedo à boca em sinal de silêncio. A legenda: “A liberdade de expressão é um direito que não negocio”. A sentença é de março, mas Lobo só tomou conhecimento dela agora. Em seu texto que vetou indenização ao CRP-PR, a juíza Tullio evoca palavras do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso: “A liberdade de expressão não existe para proteger apenas aquilo que seja humanista, aquilo que seja de bom gosto ou aquilo que seja inspirado”. A “liberdade de opinião, em uma sociedade democrática, abrange o direito à crítica às instituições, ainda que severas”, escreveu Tullio. O Conselho Regional de Psicologia recorreu da decisão e, em nota, afirma que processou Lobo “em razão de seu desagrado com as atribuições da autarquia, as quais está obrigada legalmente”. Ela não espera apenas o julgamento do recurso. Com 3.033 votos na eleição municipal curitibana de 2016, virou a segunda suplente de vereador do Solidariedade. A titular, Kátia dos Animais, pode ser cassada, e o primeiro suplente não estaria interessado em assumir a vaga. O nome que usou na urna: Marisa Lobo Psicóloga Cristã. Da Folha de S. Paulo:

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Richa assina promoções de 75 oficiais e 210 praças militares

O governador Beto Richa assinou nesta sexta-feira (01.09), no Palácio Iguaçu, em Curitiba, decreto que efetiva a promoção de oficiais e praças da Polícia Militar do Paraná. O ato contou com a presença da vice-governadora Cida Borghetti; do chefe da Casa Militar, coronel Elio de Oliveira Manoel; o comandante da PM, coronel Mauricio Tortato, e o comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Fábio Mariano de Oliveira. O decreto beneficia 75 oficiais e 210 praças que vão ocupar novas funções dentro dos quadros da PM e do Corpo de Bombeiros. “Meus cumprimentos a esses profissionais, que têm todas as condições de exercer com dignidade e honradez o trabalho de servir as famílias paranaenses”, disse Richa. O governador também ressaltou os investimentos em segurança pública. Desde 2011, o Estado contratou 11 mil policiais e ampliou a frota de veículos em 3 mil viaturas. “Graças a isso, nossos policiais passaram a ter uma estrutura melhor para combater crimes praticados no Paraná”, afirmou. Segundo o coronel Maurício Tortato, os oficias e praças promovidos assumirão funções de maior responsabilidade dentro da corporação. “São profissionais mais preparados, que agora ocupam novas posições em todas regiões do Paraná, buscando melhorar e preservar a ordem pública”, disse. Na solenidade, cinco tenentes-coronéis que passaram ao posto de coronel receberam a platina que representa a patente, composta por três estrelas douradas. O deputado estadual Pedro Lupion e o secretário do Cerimonial e Relações Internacionais, Ezequias Moreira, acompanharam a assinatura das promoções. Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em: http:///www.facebook.com/governopr e www.pr.gov.br

Paraná realiza ações em comemoração ao Setembro Verde

A partir desta sexta-feira (1º) o Paraná inicia a campanha de conscientização sobre a importância da doação e transplante de órgãos: o Setembro Verde. Neste mês, o Sistema Estadual de Transplantes promove ações para destacar o tema junto à sociedade em parceria com hospitais, regionais de saúde e as quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) de Curitiba, Cascavel, Londrina e Maringá. O objetivo é dar visibilidade aos desafios e estratégias envolvidos no processo de doação e transplantes de órgãos. “O Setembro Verde é uma oportunidade para incentivarmos ações que estimulem a doação de órgãos. O Governo do Estado tem trabalhado nestes últimos sete anos para melhorar cada vez mais os números do Sistema Estadual de Transplantes, o que colocou o Paraná entre os estados com maior número de doadores efetivos no país. Quanto mais ações neste sentido, melhores serão os resultados”, destacou o secretário de estado da Saúde, Michele Caputo Neto. Entre as ações que fazem parte do Setembro Verde na capital paranaense estão a colocação de cartazes em ônibus, a iluminação na cor verde do Jardim Botânico e um evento no dia 27 de setembro para homenagear as famílias dos doadores e as instituições parceiras que divulgam o tema da doação. Além disso, cada OPO têm sua programação própria, com eventos que incluem atividades culturais e passeatas. BALANÇO – No Paraná, apenas este ano, já foram realizados 484 transplantes. Destes, rins e fígado lideram o ranking dos órgãos mais transplantados, com 274 e 151 procedimentos, respectivamente. Entretanto, apesar dos números serem altos e colocarem o estado como segundo lugar no país com maior número de doações efetivas por milhão da população, de janeiro a junho deste ano a Central Estadual de Transplantes registrou 134 recusas de doações, ou seja, pessoas declaradas com morte encefálica e que seriam potenciais doadores, mas que a família não autorizou a doação. A médica especialista em medicina intensiva, Luana Alves Tannous, explica que o transplante de órgãos depende da doação. Para ela, o Paraná tem se destacado em comparação aos demais estados do país, mas é preciso estar sempre atento para que estes números não diminuam. “Nos último sete anos os números de notificações e de doações de órgãos praticamente triplicaram no Paraná. Mas número de famílias que optam por não doarem os órgãos de seus familiares ainda é grande, o que acaba prejudicando todo o processo”, alertou Luana. A médica lembra também que somente as famílias podem autorizar a doação e, quando potenciais doadores são detectados pelos hospitais, um profissional da Central de Transplantes irá até a família para explicar os detalhes da doação. “É preciso lembrar que hoje, no Brasil, quem doa os órgãos é a família. Não adianta a pessoa deixar por escrito que tem a intenção de doar. Por isso, quando alguém decide ser doador, é muito importante comunicar sua família e deixar esta intenção clara”, enfatizou a intensivista.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Administração Regional de Santa Felicidade Faz encontro com lideranças

A administradora Regional de Santa Felicidade Simone das Chagas Lima organizou nesta quinta feira dia 31/09 um encontro com lideranças comunitárias da região e fez a primeira prestação de contas da administração, a participação não foi de muitas Lideranças, isso é compreensivo pois na atual situação política no país onde tudo parece conversa de políticos, porém as pessoas que participaram destacaram que mesmo na dificuldade financeira em que se encontra a atual gestão, os resultados foram satisfatórios, foram apresentados a todos os lideres que ali estavam a revitalização da Av. Manoel Ribas, muitas ruas foram revitalizadas outras ruas receberam placas e sinalizações, revitalizações de praças e parques, a instalação de equipamentos de ginástica no parque Barigui, ações da Guarda Municipal, Fundação Cultural, Saúde, Educação, Meio Ambiente, Abastecimento, Urbanismo. Estavam presentes também os gestores que atendem as comunidades a Senhora Wanda Morais, Aliceu Costa, Jefferson Hoffmann, Margareth. Também passou por lá o Vereador Mauro Ignácio a Vereadora Maria Manfron, João Pereira e Sirleide Silva representando a assessoria comunitária do gabinete do Prefeito. "Esta administração esta no caminho certo", disse o Sr. Tufi Presidente do conselho Distrital de saúde. Segundo a administradora Simone, esta será uma prática na administração já que o Prefeito Greca quer uma gestão participativa com as lideranças comunitárias.

Prefeitura quer que dívidas com IPMC sejam reparceladas em 200 vezes

Com a autorização do Ministério da Fazenda de reparcelamento em até 200 vezes das dívidas previdenciárias dos municípios, Estados e União, a Prefeitura de Curitiba encaminhou projeto ao Legislativo para repactuar suas pendências com o IPMC (Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba). A iniciativa foi protocolada no dia 24 de agosto e tramita com regime de urgência do Executivo, o que dá um prazo de 45 dias para a análise das comissões antes de a proposição ser votada em plenário. As informações são da Câmara Municipal de Curitiba. “A proposição legislativa promove a adequação da realidade previdenciária municipal às disposições da portaria ministerial [333/2017] e a sua aprovação, que se roga iminente, evitará os nefastos efeitos da mora, que implicariam acentuada corrosão dos já escassos recursos do erário municipal”, diz a justificativa, assinada pelo prefeito Rafael Greca. O projeto não estipula o valor a ser reparcelado, mas informa que serão incluídas na transação “débitos oriundos da lei municipal 12.821/2008, não repassados até março de 2017, e prestações de dois parcelamentos firmados anteriormente, em decorrência da lei 14.911/2016”. Para a apuração do montante, diz o projeto, “os valores originais serão atualizados pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), acrescidos de juros de 6% ao ano, que incidirão do vencimento até a data da assinatura do termo de acordo de parcelamento, com dispensa da multa”. “Parcelas vencidas após a assinatura do termo de acordo, e porventura não quitadas no vencimento, serão atualizadas mensalmente pelo INPC, acrescidas de juros de 6% ao ano, acumulados do vencimento até o mês do efetivo pagamento, mais multa de 0,5%. Atraso superior a 180 dias implicará em vencimento antecipado, com aplicação de encargos previstos em lei, podendo este valor total ser reparcelado uma única vez”, são as demais condições da operação. Gestão passada Não é a primeira vez que a Câmara Municipal é consultada sobre o parcelamento das dívidas da prefeitura com o IPMC. Em maio do ano passado, na gestão Gustavo Fruet, os parlamentares autorizaram o parcelamento em 60 vezes de pendências da ordem de R$ 212 milhões, decorrentes da lei 12.821/2008. A prefeitura se queixava que, em poucos anos, de 2009 a 2015, os aportes extras exigidos pela norma passaram de 0,4% para 4% da receita corrente líquida do Município. Em 2009, o aporte extra era de R$ 12,3 milhões e, em 2015, segundo a administração municipal, esse valor passou a ser de R$ 250 milhões – 20 vezes maior. Nesta gestão, a lei 12.821/2008 foi revogada dentro do chamado Plano de Recuperação. A alteração fez parte das mudanças na previdência municipal decorrentes do projeto 005.00194.2017 (consolidadas na lei 15.042/2017), que também aumentou a contribuição dos servidores de 11% para 14% e da prefeitura de 22% para 28%, permitiu a operação financeira de R$ 600 milhões do IPMC para os cofres do Município e cortou pela metade a taxa de administração do instituto, de 2% para 1% (leia mais). Regime de urgência O projeto de lei tramita em regime de urgência que, como foi solicitado pelo Executivo na justificativa da proposição, significa prazo de 45 dias para análise em plenário. Um vereador pode também pedir regime de urgência, recolhendo 13 assinaturas. Se a maioria do plenário aprovar o requerimento, o prazo para votação passa a ser de 3 dias úteis. Sindicato Em seu site oficial, o Sismuc, Sindicato que representa os servidores, criticou a proposta: Para o Sismuc, a intenção do prefeito ao alongar os débitos de 60 vezes para até 200 duzentas parcelas mensais é diminuir os valores das parcelas atuais e, no final de 12 meses, pode fazer o saque de parte dos R$ 600 milhões aprovados com aLei ordinária 15.042/2017. Isso ocorre porqueo decreto 1269/2017 definiu que não seria retirado dinheiro do fundo. O intuito era fazer compensações financeiras até quitar o parcelamento realizado pelo ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT) e também por Greca. O sindicato considera que esse novo projeto de lei prejudica os servidores municipais. As gestões estão com frequência fazendo ajustes no caixa do IPMC e está faltando transparência com relação aos recursos, aportes financeiros e saques realizados. “Consideramos esse novo projeto lamentável. Estamos sem segurança com relação aos dados e esse tema tem que ser tratado com mais clareza. Regimes de urgência vem justamente para atropelar o debate e o que percebemos é que o prefeito Rafael Greca está matando, em doses homeopáticas, a joia da coroa, como ele mesmo diz”, critica Giuliano Gomes, diretor do Sismuc e membro do Conselho do IPMC.