sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Paraná é referência no monitoramento da gripe, segundo a OMS

A coordenadora do programa global de Influenza [vírus da gripe] da Organização Mundial da Saúde, Wenqing Zhang, esteve no Paraná nesta quinta-feira (17) para conhecer a estrutura e o processo de trabalho desenvolvido pelo Estado no enfretamento da gripe. Zhang também se reuniu com o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, e destacou que o Paraná é considerado referência no monitoramento da gripe e outras doenças respiratórias. Segundo a chinesa, o Paraná tem capacidade técnica para avançar ainda mais, trazendo benefícios para a área da vigilância em saúde do mundo todo. “Percebemos que o Estado pode ampliar seu trabalho na área da pesquisa, estudando a efetividade da vacina contra a gripe e o comportamento dos vírus circulantes. São informações que poderão ser utilizadas no futuro para melhorar o controle da doença em todo o mundo”, explicou. Zhang está no Brasil em missão da Organização Mundial da Saúde para conhecer o sistema de monitoramento do Influenza no país. A virologista e especialista em Influenza da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), Marilda Siqueira, disse que a visita técnica ao Paraná foi recomendada pelo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, por conta do protagonismo paranaense na área de controle da gripe. Este bom desempenho se deve, em grande parte, ao trabalho desenvolvido pelo Laboratório Central do Estado e pelas 53 unidades sentinelas espalhadas pelo Paraná. Essas estruturas compõem uma rede paranaense de coleta, processamento e análise das amostras de pacientes com suspeita de síndrome respiratória. Para se ter uma ideia do protagonismo do Paraná, o estado de são Paulo possui apenas 15 unidades sentinela, o Rio Grande do Sul, cinco, e Santa Catarina apenas uma. A metodologia do Lacen-PR permite a identificação de mais 26 tipos de vírus causadores de problemas respiratórios. Com esses dados, o Estado tem informações fidedignas sobre a circulação viral e sobre o perfil dos pacientes que estão sendo mais atingidos por doenças como a gripe, por exemplo. O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, afirma que o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde mostra que o Paraná está no caminho certo, o que serve de motivação para que as ações sejam intensificadas. “Nosso objetivo é claro, conter surtos e evitar mortes. Para isso, investimos forte em estrutura, equipamentos e, principalmente, capacitação profissional”, disse o secretário, que lembrou que neste ano o Governo do Estado criou o programa VigiaSUS para fortalecer a área de vigilância em saúde dos municípios. INVESTIMENTOS - Somente em 2013, o VigiaSUS destinou mais de R$ 30 milhões aos municípios paranaenses. Este é o maior valor já destinado para a qualificação da área de vigilância em saúde na história do Paraná De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, nos últimos dois anos e meio, o Lacen-PR está passando por uma grande transformação. “A unidade de São José dos Pinhais está sendo ampliada e recebeu novos modernos equipamentos. Além disso, as unidades de Curitiba e Foz do Iguaçu também estão recebendo investimentos, sobretudo em estrutura e aparelhagem”, disse. Outro ponto que refletiu no sucesso do sistema de monitoramento desenvolvido no Paraná é a implantação de uma nova metodologia de análises, baseada em estudos realizados no Center for Disease Control and Prevention (CDC) de Atlanta (EUA). QUALIDADE – Em dezembro de 2012, o Ministério da Saúde elevou para o nível máximo a classificação do Lacen-PR em relação qualidade e biossegurança. A nova classificação atesta o alto grau de confiabilidade dos resultados das amostras, além de demonstrar a segurança que é garantida aos profissionais que atuam no laboratório.

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