sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Greca pede apoio da Câmara para ajuste fiscal

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), abriu ontem os trabalhos da Câmara Municipal pedindo o apoio dos vereadores para as medidas de ajuste fiscal que ele deve tomar para equilibrar as contas da prefeitura. Greca não detalhou que medidas serão essas, mas voltou a sinalizar que elas devem envolver mudanças na previdência dos servidores públicos da Capital, além de cortes de gastos. “Dizem que se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Mas se olharmos o bicho de frente ele some”, afirmou. “Vou equacionar os pagamentos, refazer a relação com o IPMC (Instituto de Previdência do Município de Curitiba), fazer o ajuste fiscal e o bicho vai sumir”, disse o prefeito. “Nós vamos fazer medidas mais austeras, menos simpáticas, que vão pedir cortes em coisas que a cidade estava acostumada e que não vai mais ter”, admitiu ele. O prefeito destacou que apesar da dívida de R$ 1,27 bilhão que ele diz ter herdado do antecessor, Gustavo Fruet (PDT), a atual administração já conseguiu avançar, regularizando pagamentos aos hospitais e retomando a manutenção pública. “A rua XV hoje está limpa das fezes humanas que há vários anos infelicitavam a cidade. Ela é um espaço de respeito a 250 mil pessoas, que segundo dados do Ippuc todos os dias vão e voltam (por ali)”, lembrou. Carnaval – Greca também lembrou que os salários dos servidores foram pagos em dia, na terça-feira e deixou claro que pretende cobrar a melhoria dos serviços públicos. “Não é possível que a cidade seja taxada em R$ 305 milhões por mês por uma burocracia que se torne insensível, impiedosa e surda aos interesses da população”, disse. “Nós temos a obrigação de trabalhar, a obrigação de servir, a obrigação de perguntar: ‘o que eu preciso fazer para a minha cidade?’. E não quanto eu vou ganhar, quanto vai ser minha progressão, qual vai ser meu plano para avançar adiante”, afirmou. O líder do prefeito na Casa, vereador Pier Petruzziello (PTB), previu que os projetos com as medidas de ajuste fiscal devem ser votados antes do Carnaval. “Vivemos uma crise. Precisamos fazer nossa parte”, alegou. Casa anuncia corte de gastos com selos O novo presidente da Câmara Municipal de Curitiba, vereador Serginho do Posto (PSDB), anunciou ontem a intenção de cortar em até 70% os gastos da Casa com serviços postais. Atualmente, cada um dos 38 vereadores curitibanos tem direito a uma cota mensal de três mil selos para correspondência, sendo que os integrantes da direção da Casa têm direito a quatro mil selos por mês. No ano passado, o gasto total da Casa com esse tipo de serviço ultrapassou R$ 2 milhões. “Teremos uma postura responsável, em atenção ao complicado período econômico pelo qual passa o país”, afirmou Serginho. A ideia da nova Mesa Diretora, segundo ele, é modernizar o sistema de postagem da Câmara, reduzindo custos. “A estimativa é de uma economia anual de R$ 1,7 milhão somente referente a este contrato”, informou. O segundo-secretário da Câmara, Bruno Pessuti (PSD), justificou a manutenção do serviço por ser “uma forma de também prestar contas a uma parcela da população que não tem acesso rotineiro às mídias sociais, por exemplo, mesmo em tempos de inclusão digital”. As despesas com locação de veículos e com a limpeza, disse o presidente da Câmara, também podem sofrer redução, mas ele não antecipou valores. “Todos os contratos estão sob revisão”, alegou. Hoje, ao ano, 40 veículos custam R$ 1 milhão e a limpeza e conservação de cinco prédios com cerca de 200 salas custam R$ 1,75 milhão. Prédio – Serginho do Posto também confirmou que a primeira medida de austeridade será abrir mão da construção de um prédio novo para a Câmara. “Vamos revogar a imposição que determina à Prefeitura de Curitiba construir para nós um prédio novo”, disse. Prefeito descarta tarifa de R$ 4,57 O prefeito Rafael Greca (PMN) confirmou ontem que a tarifa de ônibus de Curitiba deve sofrer reajuste neste mês, como previsto no contrato de concessão do transporte coletivo. Mas descartou uma tarifa de R$ 4,57, como pedido pelas empresas à Urbs, ao sinalizarem o aumento da tarifa técnica, hoje de R$ 3,66. “Ainda não tem um valor, mas quanto tiver, o povo pode ter certeza que será o mais justo para que o serviço volte a ter ônibus limpos, novos, dignos, que não quebrem em ladeiras, que não que não peguem fogo, que não coloquem a vida das pessoas em risco”, alegou Greca. “Nós vamos fazer o possível para manter uma equação de equilíbrio e de responsabilidade com o bem-estar da população”, garantiu Segundo o prefeito, o aumento é inevitável, diante do reajuste dos salários dos motoristas e cobradores, que pediram às empresas 15% de reposição. fonte:Bem Paraná

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