sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Gleisi perde última trincheira do PT

Com as trocas nas comissões permanentes do Senado, previstas para fevereiro, o PT vai perder o comando de um dos mais importantes colegiados: a Comissão de Assuntos Econômicos, presidida desde março pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e composta por 54 dos 81 parlamentares, incluindo titulares (27) e suplentes (27). As informações são de Catarina Scortecci na Tribuna do Paraná. Nas mãos da petista, a CAE acabou se tornando a última trincheira da sigla, extremamente enfraquecida no Senado após o afastamento, em maio, da então presidente da República, Dilma Rousseff, e depois da posse definitiva de Michel Temer no comando do Executivo, já em agosto. No período, Gleisi conduziu reuniões quentes, protagonizando embates virulentos com a base de Temer. A maior polêmica saiu da série de audiências públicas organizadas pela petista para tratar da PEC que estabelece um teto de gastos públicos pelos próximos 20 anos a chamada PEC 241, na Câmara dos Deputados, ou PEC 55, no Senado. Até aqui considerada a principal aposta do Planalto para a área econômica, a PEC se tornou tema da CAE mesmo antes de o texto chegar formalmente ao Senado e aliados de Temer acusaram a petista de usar o colegiado para fazer campanha oposicionista contra o presidente Temer. A senadora do PT contestava, lembrando que representantes do governo federal, que poderiam falar em defesa da PEC, rejeitaram os convites feitos pela CAE. Ao final, senadores aliados ao presidente Temer se recusaram a participar das audiências públicas, que se tornaram espaços quase exclusivos para os detratores da PEC. No plenário, contudo, a minoria não teve voz e a PEC acabou sendo promulgada pelo Congresso Nacional, em dezembro. Balanço Mas também houve acordos na CAE. Tanto oposição quanto situação concordaram, por exemplo, com a proposta que institui o “duplo mandato” do Banco Central, cuja política monetária passaria a ser definida também a partir de aspectos como geração de emprego, e não apenas “meta de inflação”. (foto: Agência Senado)

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