quarta-feira, 22 de março de 2017

Sem acordo, greve de ônibus vai a julgamento

O fim da greve de motoristas e cobradores de Curitiba e Região vai ser decidido pela Justiça do Trabalho. Depois de intenso debate desde o meio da tarde de terça-feira (21) no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), os trabalhadores e patrões não chegaram a um acordo e, assim, foi mantida a greve deflagrada na quarta-feira (15) da semana passada. O dissídio será julgado pela Seção Especializada do TRT-PR, que reúne todos os desembargadores do Tribunal, em data a ser marcada. Mas, diante do impasse, a frota mínima foi aumentada para 80% nos horários de pico e 60% nos demais horários, até data de julgamento. Até então a frota mínima era de 50% e 40%. A multa por descumprimento da frota foi mantida em R$ 100 mil por hora. Durante a negociação sobre o reajuste salarial, os trabalhadores abaixaram a reivindicação dos 15% para 10%. As empresas disseram que 10% ainda estava acima da possibilidade. A Urbs, por sua vez, disse que no aumento da passagem autorizado em fevereiro, já estava embutido um reajuste de 6% para os trabalhadores, e que esse seria seu limite. Por fim, uma proposta apresentada parecia que poria fim à greve — 6% de reajuste nos salários e outros benefícios mais R$ 400 de abono a ser pago em maio. Os trabalhadores levaram essa proposta para a categoria, que estava reunida em frente às garagens das empresas. Mas foi recusada porque os trabalhadores consideraram o reajuste do vale-alimentação muito baixo. Negociação volta à estaca zero Nesta quarta-feira (22) a greve dos ônibus em Curitiba e região completa uma semana. Desencadeada na quarta-feira passada, dia de protesto nacional contra a proposta de reforma da previdência. Uma semana depois, ela voltou à estaca zero, isso porque, logo após o encerramento da audiência de conciliação, ontem, as partes, sindicatos dos motoristas e cobradores e das empresas de ônibus, retiraram as propostas negociadas até então, voltando aos índices originais. No seu oitavo dia, quarta-feira, esta já é uma das greves mais longas do transporte coletivo em Curitiba, e afeta mais de 1,2 milhão de passageiros diariamente. Até então, greve mais long aconteceu em 1994, e durou oito dias, número igualado pela greve desde ano. O julgamento do dissídio no Tribunal Regional do Trabalho terá um desembargador relator designado para o processo por sorteio. Fonte: Bem Paraná

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